Houve um tempo
Em que as ondas eram calmas
Sendo o abrigo das almas
Que migravam para o mar
Naqueles dias
Somente o sol iluminava
À noite o homem se abrigava
Temendo as terríveis feras
Outros tempos
Em que comiam o que plantavam
E também o que caçavam
Não precisavam estocar
Fracos mortais
Diante de toda abundância
Deram a luz à ganância
Manda quem tiver poder
Os irmãos
Foram transformados em máquinas
E o combustível das fábricas
É o suor que derramam
Hoje as horas
Correm tentando alcançar a luz
Tantos seguindo o rastro da cruz
Em meio à escuridão
Essas mãos
Que toda a evolução constroem
Em maior proporção destroem
Nesse ciclo predatório
Até quando
Fingiremos que somos cegos
Para alimentar nossos egos
Matando o amanhã aos poucos?
(Diego Fernandes)
A ganância é uma das feras da qual deveríamos abdicar para realmente achar a luz, porém muitos dizem, poucos são os que fazem... Não é difícil imaginar para onde essa proporção nos levará...
ResponderExcluirBela poesia! Parabéns!
Verdade, não é difícil imaginar o rumo que as coisas estão delineando. Obrigado pelas visitas ao blog. Beijo.
ResponderExcluirNosso ego tem tanta fome que estamos dando o mundo para ele se alimentar. É a triste realidade. Adoro-te. Juju ^^
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