terça-feira, 19 de outubro de 2010

* INSÔNIA



É madrugada e o sono se despede
Enquanto a visão
Se acostuma com a pouca luz

Inquietante o silêncio das ruas
A beleza da lua
Em sua solidão me seduz

O velho relógio a tiquetaquear
Conduz o pensamento
Para perto de nenhum lugar

Sonífero, remédio e suco de maracujá
Já não prometem
Conseguir me acalmar

Pesadelos ou sonhos, o que vier valerá
Portanto que esvaziem
As bolsas roxas em minha face

Cedo ou tarde não pensarei mais nisso
Que tanto me consome
E impede que a cama me abrace

(Diego Fernandes)

2 comentários:

  1. A insônia sempre perseguindo a todos,e quem nunca perdeu uma noite? Mas raros são aqueles aproveitam para cultivar algo. Poesia real, a dor nos olhos posso até senti-las,uma verdadeira tortura. Parabéns!

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  2. Quantas noites perdemos nos perdendo em perdidos pensamentos... txi dolu Di. Raíla

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