Mais um dia desperta
Acordando o jovem panda
Que preguiçosamente levanta
À beira de um riacho
Bebe a água que reflete
A natural pureza que o acomete
Com a boca salivante
Para explorar no bambuzal
O seu alimento tão habitual
Rejeitou só um bambú
Dentre tantos ao redor
Não era mais fino nem menor
O dócil alvinegro
Ficou parado a observar
E o tempo parecia não passar
Precisava regressar
Pois á noite é perigoso
Resolveu ficar mesmo temeroso
Atacaram o pobre urso
Que impávido não fugiu
E o próprio sangue o tingiu
Amanheceu agonizante
Para assistir a magia
Que naquela manhã aconteceria
Uma bela borboleta
De cor amarela e azul
Saiu do casulo que havia no bambú
Com o dever cumprido
O panda fraco desmaiou
E a borboleta bateu asas e voou
Até que duas crianças
Brincando um pouco distantes
Foram em sua direção saltitantes
Fez o caminho inverso
Retornando ao seu salvador
Que deitado estava sentindo dor
Enfim foi resgatado
E graças a bons humanos
Pôde viver mais alguns anos
Quase foi a óbito
Como beber um veneno
Por algo assim tão pequeno
Mas é na pequenez
Que entendido pode ser
O verdadeiro sentido de viver
(Diego Fernandes)
Nas pequenas coisas estão os grandes milagres. bjs gato. Raíla
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