segunda-feira, 6 de setembro de 2010

* O PANDA E O BAMBÚ



Mais um dia desperta
Acordando o jovem panda
Que preguiçosamente levanta

À beira de um riacho
Bebe a água que reflete
A natural pureza que o acomete

Com a boca salivante
Para explorar no bambuzal
O seu alimento tão habitual

Rejeitou só um bambú
Dentre tantos ao redor
Não era mais fino nem menor

O dócil alvinegro
Ficou parado a observar
E o tempo parecia não passar

Precisava regressar
Pois á noite é perigoso
Resolveu ficar mesmo temeroso

Atacaram o pobre urso
Que impávido não fugiu
E o próprio sangue o tingiu

Amanheceu agonizante
Para assistir a magia
Que naquela manhã aconteceria

Uma bela borboleta
De cor amarela e azul
Saiu do casulo que havia no bambú

Com o dever cumprido
O panda fraco desmaiou
E a borboleta bateu asas e voou

Até que duas crianças
Brincando um pouco distantes
Foram em sua direção saltitantes

Fez o caminho inverso
Retornando ao seu salvador
Que deitado estava sentindo dor

Enfim foi resgatado
E graças a bons humanos
Pôde viver mais alguns anos

Quase foi a óbito
Como beber um veneno
Por algo assim tão pequeno

Mas é na pequenez
Que entendido pode ser
O verdadeiro sentido de viver

(Diego Fernandes)

Um comentário:

  1. Nas pequenas coisas estão os grandes milagres. bjs gato. Raíla

    ResponderExcluir