terça-feira, 31 de agosto de 2010

* ÀS VEZES FAZ FRIO



Tão bom quando estamos juntos
Me sinto fora desse mundo
Os meus pés flutuam no ar
Já é muito pouco caminhar

Até a sorrateira frieza
Chegar com toda presteza
Sugando o brilho a cintilar
Querendo a chama apagar

E você me deixa inseguro
Me deixa em cima do muro
Não sei se fico ou se vou
Não sei muito bem onde estou

A casa não tem mais parede
Já não vejo quintal e rede
Talvez possa viver assim
Enxergando a um palmo de mim

O que tiver de ser será
A vida não pode parar
Quero que veja em mim abrigo
Quem sabe possa sonhar comigo

(Diego Fernandes)

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