terça-feira, 22 de junho de 2010

* O PREÇO DA LIBERDADE



Ela acordou
Olhou a hora e se assustou
Pois sabia que
Seria o seu primeiro atraso

Se desesperou
Por ter sido sempre tão pontual
Assim descobriu
Que a perfeição é irreal

Então antes de levantar
Tirou as pilhas do relógio
Fazendo o tempo parar
Hoje o dia é só seu

Tomou um banho demorado
Como há anos não pôde fazer
Se fez certo ou errado
Não é você quem vai dizer

Resolveu sair
Caminhando sem direção
E no relógio
Nenhum segundo se passou

Um suspiro deu
Inspirando toda a liberdade
Mesmo sabendo
Passar longe da sua realidade

Logo no dia após
A vida voltou ao normal
Como a de muitos de nós
É preciso viver assim

Rebaixou o olhar
Perante o seu superior
Sabia que ia pagar
Com dinheiro, vergonha e dor

(Diego Fernandes)

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