Afasta-se de quem pode gostar de ti
Pois a cruz que carrega é pesada demais
Teme acabar machucando alguém sem querer
Prefere a crua solidão que tanto faz doer
Todas as noites sente a cabeça pesar
Desabafa com seu tão calado travesseiro
Por ter passado mais um dia sem gritar
Aos quatro ventos o que insiste em angustiar
Lágrimas dançam pela face quando percebe
Olhares recheados de conceitos atrasados
Um aperto de mão parece coisa de outro mundo
Queria se sentir igual ao menos um segundo
A sociedade está doente e ninguém percebe
Glorificando os perfeitos e falsos heróis
Envenenados pela praga que o preconceito é
Os condenados apelam para o que restou da fé
(Diego Fernandes)
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